A população idosa tende a crescer no Brasil nas próximas décadas, como aponta a Projeção da População, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualizada em 2018. Segundo a pesquisa, em 2043, um quarto da população deverá ter mais de 60 anos, enquanto a proporção de jovens até 14 anos será de apenas 16,3%.

Bom, então já que envelhecer é inevitável porque não investir nosso tempo e energia e preparar-se para essa fase?

A longevidade é determinada por fatores genéticos e fatores ambientais. Os fatores genéticos não são passiveis de modificação mas podemos alterar os fatores ambientais de forma a colaborar para um envelhecimento mais saudável.

O que seremos amanhã depende do como cuidamos do nosso corpo e cérebro hoje.

Ter uma alimentação balanceada com alimentos integrais, frutas e verduras, cessar o tabagismo e evitar produtos industrializados além da prática regular de atividade física são estratégias fundamentais. Além disso, controlar o estresse e dar importância a questões psicológicas relacionadas ao afeto e emoções estimulando o vínculo entre família e amigos contribuem para as relações sociais e para viver mais e melhor.

Idosos que apresentam mais doenças crônicas apresentam maior morbidade comprometendo assim a qualidade de vida. Nesse sentido as políticas públicas preventivas são importantes para minimizar tais problemas.

Importante lembrar de organizar as finanças e se preparar economicamente para essa fase da vida mantendo o equilíbrio das despesas e receita conforme a necessidade individual contribui para uma aposentadoria mais segura.

Não existe pílula magica antienvelhecimento, atalhos ou ‘soro turbinado’. O processo de envelhecimento é totalmente individual e existe muita interferência dos nossos hábitos de vida.

Como geriatra sempre digo que envelhecer bem depende de nossas escolhas!

Atuando na prevenção de doenças e promoção da saúde podemos usufruir de um envelhecimento com mais autonomia, independência e qualidade de vida.