Todos sabemos que o exercício físico é importante. Mas qual é o melhor para você e/ou seu familiar?

A realização da atividade física faz parte da promoção da saúde, ajuda no controle de doenças e pode contribuir para melhoria da qualidade de vida além da redução de medicamentos em uso. Sim! A avaliação individualizada com orientações sobre dieta e atividade física são grandes aliados quando a intenção é rever os medicamentos em uso e reduzir os gastos mensais.

Lembre-se sempre de que para a desprescrição de medicamentos é fundamental o acompanhamento de um médico que conheça suas doenças e realize um acompanhamento adequado.

Como exemplo do artigo Physical Activity/Exercise and Diabetes: A Position Statement of the American Diabetes Association menciona : “O exercício melhora o controle da glicose no sangue, reduz os fatores de risco cardiovascular, contribui para a perda de peso e melhora o bem-estar”.

Mas já que sabemos a relevância do exercício físico, qual é o melhor? Treino de força ou aeróbico?

O treino aeróbico tem benefício melhor na capacidade cardiovascular e melhora a capacidade oxidativa. Por sua vez, o treino de força aumenta a massa magra. Dentre outros benefícios em comum ambos auxiliam na melhoria dos quadros de Síndrome Metabólica (vale a pena um post depois somente sobre esse assunto).

Então a melhor estratégia seria conciliar ambos tipos de atividade física.

Vamos entender mais um pouco sobre algumas particularidades?

Falta tempo para a prática de exercícios? Acompanhe esse gráfico abaixo:

Artigo: Minimum amount of physical activity for reduced mortality and extended life expectancy: a prospective cohort study. The Lancet. Volume 378, Issue 9798, 1–7 October 2011, Pages 1244-1253

Podemos ver que mesmo 15 minutos por dia ou 90 minutos por semana de exercícios de intensidade moderada podem ser benéficos, mesmo para indivíduos com risco de doença cardiovascular. 

Como pode-se observar atividades mais vigorosas podem produzir benefício adicional, com a vantagem de levar menos tempo.

Esse é um exemplo de que apesar de suas dificuldades como falta de tempo, não gostar, não ter companhia e/ou problemas financeiros não são impeditivos para iniciar a rotina de exercícios para você.  Lembre-se que nosso corpo e cérebro dependem no futuro das nossas escolhas de hoje!

O ideal é desenvolver uma estratégia de abordagem focada no indivíduo de acordo com seus objetivos, necessidades e preferências e assim identificar o perfil e traçar uma estratégia.

Cada um tem preferência em relação a determinada atividade. Juntamente com cada paciente, dentro de suas preferências e/ou limitações auxilio na melhor escolha possível, com segurança, para que a  prática de exercícios  funcione e torne-se um hábito.

Referências bibliográficas:

  1. Colberg SR, Sigal RJ, Yardley JE, et al. Physical Activity/Exercise and Diabetes: A Position Statement of the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2016;39(11):2065-2079. doi:10.2337/dc16-1728
  2. Chi Pang Wen, Jackson Pui Man Wai, Min Kuang Tsai, Yi Chen Yang, Ting Yuan David Cheng, Meng-Chih Lee, Hui Ting Chan, Chwen Keng Tsao, Shan Pou Tsai, Xifeng Wu,
    Minimum amount of physical activity for reduced mortality and extended life expectancy: a prospective cohort study,The Lancet,Volume 378, Issue 9798,2011,Pages 1244-1253,ISSN 0140-6736,https://doi.org/10.1016/S0140-6736(11)60749-6.(https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0140673611607496)